5.12.05

Duas pessoas e uma pedra


Quando chegou, o mar dormente
Aquela brisa sobre a gente
Passou levou, gritou a esmo: noite
E o tal, o Sal, levou Ivan...

Em água, tudo calmo, nada dentro
Podendo refletir pelo, um momento
Porque que me prendi por tanto tempo
Se navego como se em asas o vento

Casal, naval, seu lenço bordado
Laço inicial, boiou como vogal
Enésima que alí se encontrou
Diante do amor, Ivan suportou

Duas gotas entraram centro
Seu acaso, casamento
Duas histórias, num momento
Fato, frágil sentimento

Lampeia face , cá de cá pro vento
Girando no céu nuvem, esquecer
Molhando madeixa, brilhante o véu
Mostrando pele rouca, vazamento

Alvena rasga tudo que se encontra
Em mão a mão lampeja para-raio
De cima a sombra, baixo, ralo, raso
De noite, medo, chuva e momento.

Ceral, varal, estiramento
Amantes normais, esquecimento
Sentado casal na pedra de Ivan

A ostra de pé, perde seu divã

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