30.11.05

Vagalumes do porto

Foi no mar, onda e mais mar
Que o castelo de brisa se fez cair
Era sereno cálido que estava brincando no porto
E no espaço dos instantes
Seis eram as mariposas perdidas por lá
Todas camufladas em nau
Quais seriam as oportunidades de vencer o escuro ?
Poucas..

O navio atracado ao fundo
Deu abrigo à todo ao sentimento
Passou a vontade, esqueceu a ansiedade
Apareceram lindos vagalumes.

29.11.05

Eu fui satã
E rosa
Manga Chutada
Fim de feira
Começo de alvorada
Casta
Pedaço
Borda recortada


Assinei com pressa todos os papéis

Deixei presa toda minha fêmea bem humorada
Ponta de lápis
Pouso de avião
Rasgo na boca
Minha alma gelada

Ônibus

Ele entrou cantando
O ônibus dançando, deixou o farol
Contagiou o cobrador
Deixou todo mundo com boca alegre
A distância ficou menor
O motorista parou de cantar
Não cantava sem cerveja.
Seu som de Roberto
Cobrador e cantor, dupla boa
Descendo do ônibus
Ficaram todos com cores
Blusa vermelha e branca
Virou pensamento
Os espíritos se contagiaram
Os humanos voltaram a falar
Olhar, falar, fazer...

Morou Noel Rosa em cada um