26.9.06

Vou em..

Hoje adianto meu passado
Passo a frente, rompo minhas desculpas
Passo atrás, deixo alguns sonhos adormecidos
"Como fundir-me" aos meus amuletos
Ser um só com o que sei
Melhor é manter minhas fés aquecidas
Minha coerência deve estar cercada de fuligem
Mas, meu ânimo me surpreende.
Com meus novos pontos vou preenchendo espaços
Minhas marcas, meus tapetes
Última hora pra deixar o avião
Subo na escada, olho para meus chinelos
Pessoas eram personagens
Sua coragem, agora era minha vontade
Duas vezes tropeço em meus joelhos, medos
Sorrisos ligados
Quando cheguei no antes, fiquei assim..
Cara de cocô, mas feliz, no meio do gelo..
Agora era só ouvir para aprender o que fiz
Firme na ponta da antena..

25.9.06

balanço

Meu corpo então se alimenta dos cortes
Desgastes, disparates, relâmpagos e sensações sem sentido
Como se estivesse concluindo meu primeiro filme, após ser crítico durante quarenta anos.
Ao ver as gerações chegando, colaborando, "inventando" e transformando.
Da pra ver o quanto viví.
Descubro mesmo que meu corpo come e precisa dilacerar de vez em quando..

11.9.06

Não gosto

Não gosto quando liga-me e perguntas com quem estou
Se estou com qualquer pessoa que seja, meu amigo ou não
O que importa, que controle pode ter nessa importunação ?
O que ganha sabendo quem és ou de onde vens o ser que comigo se encontra ?
A explicação que darei será vazia..
Não gosto de explicar certas coisas mesmo
A curiosidade pode ser tão chata que a insistência pelas informaçãoes fica nula
Há apenas sua vontade nos diálogos bobos
Nos diálogos explicativos, nas coisas práticas..
No que é pequeno..
Não gosto disso.
Obrigado
Após recuperar os sentidos deixados sete anos para trás, ele encontrou novamente aquela pessoa
As vontades e os valores em outras épocas também foram notados
Seus atos, já não eram tão seus.. Sua prole havia fomentado sua destinação..
Estava em casa ovamente, de onde nunca deveria ter saído acompanhada
Sua angústia era não entender como ser boa para um mundo que não lhe permitia crescer
Em sua família encontrava as pequenas festas para se divertir
Não havia muita diferença, estar por salva nas beiradas da lembrança
Sentia-se salva ao tocar em fotos de anos atrás
Talvez naquele tempo nada fosse desesperador assim
As preocupações, os futuros e as torturas sociais
O casamento tão frustante por ser mulher de apenas uma pessoa
Queria o mundo e não permitia que o mundo a consumisse
Agora seria hora de mudar o olhar sob as cisrcunstância que estavam feitas
Sua beleza era radiante e continuava alí, como presente para os humanos
Cruzou pela faixa de pedestres, confirmando seu caminhar forte
Todas as lembranças foram lembradas