Palácios

Ei,
aonde foi parar o telefone das minhas influências ?
Desejo apenas ligar para esses seres iluminados
Será rápido, sem devaneio artístico:
“Não acredito nisso”, “Acredito simmm”
Simples !
Dizer que ví muita areia em um lugar com uma Lua grande
Onde os vasos de porcelana testavam as plantas devagar
Eu, amortecendo meus chinelos indecisos, bem devagar
E, entre os corredores verdes cheirando palácio antigo bem cuidado
Fiquei nostálgico, licérgico, catatônico e me lancei.

Filho

Como seria eu sendo esse mesmo bicho sendo eu no mato ?
Pois, se em casa tombo dias na frente da tela
Poderia estar na toca afiando vara, aprendendo a rodar
Sendo evolução poderia deter músculos grossos
Que aguentassem todo o continente
Sendo escravo da cidade contínua e gigante
Vou de encontro máximo ao que me deram
Agora sou esse habitante da cadeira
Pele clara, mão preta
Mente cheia de tempos
Parece bebida..