5.12.05

Silvia

Silvia veste os mortais
Clara em paz, veste um ser
Vem maré, corta o dedo é
Certeza !!!

Flor de um turvo amor
Ato e ser no breve existir
Essa brisa me inunda
Perfuma.

Atuo parado, chorando, metrando a lacuna do passo que passa,
com o dono do vento, que muda de lado
Vou estar preparado para ver nesse rosto que é novo,
menino, menina que nasce ( lei ).

Canta a toada de festa,
Que hoje pensei...
Reciclando meu corpo, deixando no todo a garoa rosada e corada de cima da ponta do alto, do mais alto
vejo por dentro do medo um arpejo, tijolo de barro, na raça um alento que resta num harto profundo e concreto um dilúvio humano, procede e tá.

Imã de um ser que está
Quando faz queixa é flor
Estando acesa, pólvora
E perdoar

Deixa bem de manhã
Todo o ser repousar
Sou nuvem na varanda
E Conversar

Duas pessoas e uma pedra


Quando chegou, o mar dormente
Aquela brisa sobre a gente
Passou levou, gritou a esmo: noite
E o tal, o Sal, levou Ivan...

Em água, tudo calmo, nada dentro
Podendo refletir pelo, um momento
Porque que me prendi por tanto tempo
Se navego como se em asas o vento

Casal, naval, seu lenço bordado
Laço inicial, boiou como vogal
Enésima que alí se encontrou
Diante do amor, Ivan suportou

Duas gotas entraram centro
Seu acaso, casamento
Duas histórias, num momento
Fato, frágil sentimento

Lampeia face , cá de cá pro vento
Girando no céu nuvem, esquecer
Molhando madeixa, brilhante o véu
Mostrando pele rouca, vazamento

Alvena rasga tudo que se encontra
Em mão a mão lampeja para-raio
De cima a sombra, baixo, ralo, raso
De noite, medo, chuva e momento.

Ceral, varal, estiramento
Amantes normais, esquecimento
Sentado casal na pedra de Ivan

A ostra de pé, perde seu divã